A motivação dos alunos

As faculdades devem encorajar os alunos a construir um “portfólio diversificado” não de ideias, mas de cursos e atividades extracurriculares que os tornem empregáveis para uma série de empregos. Networking, conexões de ex-alunos e uso dos serviços de carreira de uma faculdade são essenciais para investir e colher. A faculdade deve criar plataformas para que os alunos façam “conexões entre diferentes ideias e tópicos” para se tornarem melhores investidores e coletores. Ao integrar seus cursos e atividades extracurriculares, os alunos se tornarão mais comercializáveis ao procurar emprego. Por um lado, simpatizo com esse esforço. Os alunos são motivados pelo medo, ansiosos por serem deixados para trás nesta economia globalizada e competitiva. Formados por uma infância de constante realização de testes, atividades programadas e vigilância tecnológica, os alunos respondem a esse medo acumulando conquista após conquista, para se protegerem contra a incerteza do futuro.

Ficar para trás é ser um dos perdedores da vida. Daí a necessidade e os esforços de afirmação externa em investir e colher para validar as escolhas de carreira, amigos e casamento. Por outro lado, tal abordagem calculista para a faculdade espreme a alegria da admiração e a sorte de aprender das almas dos alunos. Suspeito que todos nós, em um momento ou outro, experimentamos um insight em um momento inesperado que não teve valor utilitário e, assim, nos libertou das restrições da carreira e da cidadania. Tornou a nós e ao mundo em que vivemos familiares e estranhos, fazendo-nos perguntas existenciais sobre quem somos e por que existimos. Esse pode não ser o tipo de pergunta que torna seus alunos os “pensadores criativos” que os autores desejam – pode nem mesmo tornar sua faculdade “excelente” –, mas são essenciais para quem somos seres humanos.

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